domingo, 6 de abril de 2014

EU CONTO UM CONTO DE IANSÃ COM OGUM

                                                  EU CONTO ESTE CONTO DE IANSÃ

        OIÁ - IANSÃ

 Epa Heyi !

 Ogum um dia caçar na floresta, ele ficou na espreita e viu um
búfalo vindo em sua direção, e Ogum avaliou logo a distancia
que os separava, esperando para matar o animal com sua espada.
 O búfalo viu e para de repente, baixa a cabeça e despir-se de sua pele,
dessa pele saio uma linda mulher, era Iansã. Vestida com elegancia e
coberta de belos panos e um turbante luxuoso amarrado a cabeça, com
ornados de colares e braceletes.
 Iansã enrolou sua pele e seus chifres, fez uma trouxa e escondeu num formigueiro,
partiu em seguida, num passo leve em direção ao mercado da cidade, sem
desconfiar que Ogum tinha visto tudo.
 Assim que Iansã partiu, Ogum apoderou-se da trouxa e fio para casa,
guardou-a no celeiro de milho e seguiu também para o mercado. Lá, ele
encontrou a bela mulher e a cortejou- a, mas Iansã era bela, muito bela, a
mais bela mulher do mundo, e sua beleza era tal que se um homem a visse,
logo desejaria.
 Ogum foi subjugado e pediu- a em casamento, Iansã apenas sorrio e recusou
o seu apelo, mas Ogum insistiu e disse o que lhe esperaria, assim ele
não duvidaria que ela aceitasse sua proposta.
 Iansã voltando a floresta não encontrou seus chifres e nem sua pele.
- Estou muito contrariada, quem fez isso, o que devo fazer?
Iansã voltou ao mercado e estava já vazio, ali viu Ogum que a esperava.
 Ela perguntou o que ele havia feito com aquilo que ela deixara no formigueiro,
mas Ogum fingiu inocência declarando que nada tinha a ver, nem com
o formigueiro e nem com que estava nele.
 Iansã não deixou enganar-se e disse.
- Eu sei que você escondeu minha pele e meu chifre, e eu sei que
você se negara a me revelar o esconderijo.
- Ogum, eu vou me casar com você e viver em sua casa, mas existe certas
regras de conduta para comigo. Estas regras devi ser respeitadas, mas
também pelas pessoas de casa e ninguém poderá dizer:
- Você é um animal, não pode utilizar cascas de dendê para fazer fogo, e
ninguém poderá rolar o pilão pelo chão da casa..
 Ogum respondeu que havia compreendido e a levou Iansã, e chegando
em casa, Ogum reuniu outras mulheres e explicou-lhes como deviam comporta-se,
assim ficara claro para todos que ninguém deveria discutir com Iansã, ou insultá-la.
 A vida organizou-se, e Ogum sai para caçar e cultivar o campo, mas
Iansã em vão, procurava sua pele e seus chifres. Iansã deu a luz a uma criança,
depois a segunda e a terceira, assim tevi nove crianças, mas as mulheres de Ogum
viviam enciumadas da beleza de Iansã, assim ficavam cada vez mais hotis.
 Elas decidiram desvendar o mistério da origem de Iansã, e uma delas
consegui embriagar Ogum co vinho de palma. Ogum não pode mais controlar
suas palavras, assim revelou o segredos de Iansã.
 Contou que Iansã era na realidade um animal, e que sua pele e chifres estava
escondidos no celeiro de milho, mas Ogum as recomendou-lhes ainda.
- Não digam jamais que é um animal.
Depois disso logo que Ogum saio para o campo, as mulheres insultavam Iansã
- Você é um animal!
- Você é um animal, um animal......
Assim ela cantavam enquanto faziam o trabalho de casa, mas uma disse:
- Coma e beba, pode exibir sua beleza, mas sua pele esta no celeiro de milho!
 Um dia todas as mulheres saíram para o mercado, e Iansã aproveitou e
correu para o celeiro, e abrindo a porta, bem nos fundos sob grande espigas
de milho encontrou sua pele e seus chifres.
 Ela vestiu novamente e se sacudiu com energia cada parte do seu corpo,
retornou exatamente seu lugar dentro da sua pele.
 Logo que as mulheres chegaram do mercado, Iansã saiu bufando, e foi
um tremendo massacre, pelo qual passaram todas, rasgando-lhes com
grande chifradas as barrigas, e pisando nos corpos, redou-os no ar.
 Com o grande coração de mãe, Iansã poupou seu filho que falavam.
- É você mesmo mamãe, o que será de nós?
- Não nos abandone mamãe, o que será de nós?
Iansã os consolou acariciando-os e dizendo;
- Eu vou para a floresta, lá não é um lugar bom para vocês, mas vou deixar
uma lembrança, os meus chifres.
 Retirou os dois chifres, entrego e disse:
Quando qualquer perigo lhes ameaçar, e quando precisarem dos meus
conselhos, assim esfreguem um chifre no outro, pois em qualquer lugar
que eu estiver, escutarei suas queixas e virei socorre-los.

EIS PORQUE DOIS CHIFRES ESTÃO SEMPRE NO ALTAR DE IANSÃ.

 

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